quinta-feira, 24 de março de 2011

Covarde

O mundo pede-me que me deixe levar
Que eu entre na rotina, Que me deixe entusiasmar
Pede-me coisas reversas e controversas
E eu vou-me perdendo na minha inoscência


E algo me diz:
corre, luta, viva,
Mas como serei eu capaz de viver
Se viverei no meio de tanta gente morta?


Algo me diz ainda:
Tu és capaz !
Mas eu não ouço não por não querer
Nem por não saber, mas porque estou farto


Quero realmente deixar-me levar, lutar
Sonhar mais alto que o resto do mundo
Quero mudar, ser eu a viver, a sentir
Mas sonho tanto, que fico a dormir


Berro a Deus, aos Anjos, e nada
Sinto-me acabado, covarde, quero mudar
Mas na minha covardia minto e digo que não sei como
Ou prometo que o vou fazer aos poucos
E nada, Ando aqui que nem um condenado
Pequeno de mim, e de nós que aos outros apontamos
E nem ao espelho somos capazes de nos olhar... ''

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